domingo, 11 de outubro de 2009

O grande dilema das empresas competentes.

Quando uma empresa se torna grande, para manter a taxa de crescimento que o mercado financeiro e os acionistas exigem, torna-se incapaz de entrar em mercados pequenos. Uma vez que, estes não oferecem o retorno necessário para que a empresa continue crescendo a taxas constantes. Ao mesmo tempo, estas mesmas empresas sabem que estes mercados pequenos poderão se tornar grandes em um curto espaço de tempo. Porém, quando isto ocorre já é tarde demais, pois as primeiras empresas que entraram já estão dominando este novo mercado.

Não há como lutar contra a inovação por ruptura! Ela acabará ocorrendo mais cedo ou mais tarde em muitos mercados. O importante é ficar muito atento e ter capacidade para descobrir quando uma inovação é sustentada, quando é ruptura ou quando é uma simples invenção que não evoluirá e adaptar as estratégias da sua empresa.

É importante ressaltar que as inovações por ruptura não acontecem por que houve uma transformação técnica e sim, na maior parte das vezes, é fruto de uma visão de marketing que contraria o manual da boa gestão.

Que fazer então?

Várias empresas passaram a adotar a estratégia de “Destruição Criativa ou Sobrevivência pelo Suicídio*”. Estão montando novas empresas, totalmente desvinculadas da empresa mãe, para competir com elas próprias, com produtos inéditos (inovações por ruptura).

Um bom exemplo desta estratégia foi apresentado pela HP. A empresa dominava o mercado de impressoras laser, mas sabia que a impressão a jato de tinta era uma ameaça, então montou uma nova divisão totalmente desvinculada, inclusive funcionando em outra cidade, para trabalhar exclusivamente com a nova tecnologia. O resultado é que a divisão “jato de tinta” que inicialmente era menos rentável e muito menor que a divisão “laser”, hoje é responsável pela maior parte do faturamento da empresa.

* J.A. Schumpeter – economista Austríaco foi o primeiro estudioso a defender a teoria da “Destruição Criativa ou Sobrevivência pelo Suicídio”

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